domingo, 17 de abril de 2011

Não consigo sentir raiva

E morro de raiva disso.
Sei que é uma tremenda incoerência para se começar um texto, é verdade, mas cheguei a essa conclusão.
Queria eu ter aqueles súbitos ataques de raiva de não querer mais olhar para a cara dos outros, ou aqueles dignos de cenas de cinema em que as portas se batem para nunca mais se abrirem...
Comigo isso não acontece.
Bem, na hora do ocorrido, eu devo confessar que sinto raiva, mas depois ela some se vai com o tempo.
Parai para pensar nisso hoje enquanto estava no Orkut de um amigo que não via faz tempo e me deparei com a foto dela; a finada Natália. Sei lá, não sei dizer o que houve comigo, mas a raiva que tinha dela se foi... A pena que tinha dela, ainda tenho; mas a raiva se foi.

Assim, penso da seguinte forma: Para que sentir raiva, se nada muda? Se ainda mudasse, tudo bem, mas continua sempre da mesma forma... Aquela mulher vai continuar a ser a mesma, o cafajeste será sempre o mesmo e você perderá mais tempo odiando do que vivendo. E isso é mal.

Estou vivendo uma nova fase, começando com novos ares e seguindo em frente. Me peguei pensando nela esses dias e até comentei com um amigo meu sobre isso, disse ele que era talvez por eu estar sozinho. Foi uma das mais belas tragédias que já vivi, é fato, mas não deixou de ser bom enquanto durou - acho que é a primeira vez que escrevo coisas boas do que tive com ela... Mas perdoem-me, estou divagando, voltemos... – Foi um misto de emoções, carinho, ternura, amor, tesão, raiva, ódio, amor, e ficava intercalando assim; não nessa ordem, mas enfim, vocês entenderam.

No meu súbito de raiva fiz questão de apagar o telefone dela, os textos dela do computador e isso sem falar na exclusão do MSN também, claro. Esqueci o endereço dela, esqueci como chega na casa dela, os pontos de referência, tudo! A vizinhança dela já não era mais familiar para mim, se eu passasse por lá provavelmente me perderia.

Mas, onde estava? Ah sim, na foto dela que eu vi no Orkut do meu amigo. Então, vi a foto dela lá e não sei por que, me deu saudades dela... Talvez pela amizade que foi junto com o relacionamento, talvez por a gente ter uma química boa – sim, lá também. Não sei, acho que foi pelo rosto dela na foto, parecia o rosto que eu vi quando a conheci, e não o rosto com o qual ela me deixou naquela noite de julho. Noite essa na qual eu fui assaltado também, foi uma história cômica, que talvez um dia contarei aqui...
Acho que estou meio saudosista hoje, só pode.
De súbito na quinta-feira me lembrei de tudo. Telefone, e-mail, pontos de referência e até detalhes mínimos como o nome do perfume que ela usava e a musica que a gente se beijou naquele dia.
Daí, vi a foto por lá e me perguntei: "Porra, será que eu ainda sinto alguma coisa por ela? Não é possível..." –sim, até a minha consciência é desbocada- e sinceramente não soube a resposta. Antes eu diria inúmeros palavrões, iria falar mal dela, e ficaria por isso mesmo, mas hoje foi diferente; e algo me leva a crer que estou confuso. Ela ainda deve estar puta da vida comigo e diga-se, por algo que não fiz, mas vai entender...

Mas eu não, sei lá, acho que aprendi a perdoar.


 

- Se você estiver lendo isso -o que acho difícil- saiba que não sinto raiva, não mais. Aprendi que sentir raiva é mera perda de tempo. As pessoas são diferentes e devemos nos acostumar a isso, ninguém reage da mesma forma nas mesmas situações.
Não lhe desejo nada de mal, pelo contrário. Tudo de bom.
Uma boa vida, bem próspera e com todas as coisas que você gosta tudo bem?

Abraços (ou beijos?)


 

Marcos "Tinguah" Vinícius / Sd. Silva

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