Não me dê um copo de whisky
Eu não quero mais viver sedado
A fumaça me embriaga e me queima os pulmões...
E o vento a tocar meus cabelos cortados,
Traz-me a leveza, e o bem estar de viver
Ontem olhei meu rosto no espelho
Já castigado pelo tempo e pelas rugas
Me cortei propositalmente fazendo a barba,
Somente para ver se ainda sangava
Mal conheci aquela visão...
O sangue a pingar na pia e a escorrer lentamente,
Como meu existir.
Pensei no passado
E vi minha vida ao contrário
Cheguei a conclusão de que parei de viver
Isso, a vida acabou.
Eu vivia bem, eu era mais eu mesmo quando tinha cinco anos
Depois disso, sou apenas a sombra da minha existência.
Um filme refletido numa tela, um dejavù, como queira.
Percebi que como Nelson, tenho amor aos suicidas...
Matar-se por uma causa, eu considero nobre
Parei de me entopir de remédios...
Assim uso melhor a minha .45
Para por fim, a todas estas angustias e dores que me atacam ...
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