quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu queria

Eu queria poder sangrar pelas ruas

Mostrar toda a minha dor ao mundo.

Eu queria poder ver no escuro da alma das pessoas

Enxergar tudo o que nunca é falado

Queria cobrir o céu de vermelho, com a cor da minha vitalidade

Sangue.

Mostrar tudo aquilo que não é revelado

Todas as ilusões, os monstros do passado

E matar a todos eles, sem exceção

Todos com a minha mão

Esfacelá-los, arrancar-lhes a cabeça

Queria tudo àquilo que é impossível

Que todos se esquecem todos os dias

Queria amar.

Como já diz a frase: “Os brutos também amam”

Queria sentir tudo de novo.

Cair nos braços do ser amado, e esquecer que o mundo existe

Sentir o vento, e achar que posso voar com ele

Toda a liberdade de sonhos e ilusões

Ver o amanhã como uma dádiva, um presente

E perder todas as minhas razões

Quero sonhar com isso

Acordar ao nascer do sol e encher meus pulmões de esperança

E caminhar rumo a uma nova esperança, sem medo de ser feliz

Ver nos olhos de alguém um ar de felicidade

E correr para este alguém, sem perder a vontade

Investir como um louco na roleta russa do amor

E ver se um tiro acerta meu peito

E isso que eu quero, e é isso que eu conseguirei.

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