Leitores, as linhas a seguir falam sobre a minha estadia no quartel.
Exercícios estafantes, alimentação fora de hora, sono interrompido e instável... Tudo isso, é uma mera cortesia do Exército Brasileiro. Escrevo agora, deitado no meu beliche, número 334; ainda com o nome do ultimo ocupante, que nem me lembro ao certo.
Deitado aqui, não sei porque, me vem você na cabeça. Mas, não farei citações explicitas, afinal, como te disse: "Sejamos discretos".
Percebo neste quarto gigante com 60 pessoas, que cada um tem a sua tragédia pessoal, ou crença, ou jeito de ser. E que as pessoas podem ser relativas, de uma série de pluralidades sem par; ou seja, cada um com as suas singularidades.
Olho ao lado, e um dorme, do outro há uma cama vazia. A retaguarda dois ou três que conversam sentados na cama... E Enquanto o amanhã não vem, para enfim me vangloriar de só faltarem dois dias para ir para casa, eu me desdobro entre a saudade e o medo.
Saudades suas, e medo de te perder.
Digo que a distancia e o tempo que se faz por nos separar, me parece ínfimo, quase que impalpável quando te vejo nos meus delírios e escuto a sua voz ao telefone toda vez que disco o seu numero... Não que isso me baste, mas ameniza um pouco, sabe?
Me ligue, me chame... Um carinho de vez enquanto faz bem. Enquanto isso não acontece, fico pensando no dia em que nos aturaremos de vez.
As noites aqui são solitárias... Embora se esteja cercado de gente.
Mas agora tentarei dormir, quem sabe não te encontro e a minha solidão tem fim?
É algo que talvez saberei,
Mas por enquanto só desejo duas coisas:
- Boa Noite, e me ame.
Marcos "Tinguah" Vinícius (ou Sd. Silva)
*Escrito as 22:30~23:00h do dia 09/03/11
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